O Simples Nacional pode ser muito vantajoso para alguns empreendedores. Ele oferece a unificação de oito tributos em apenas um e diminui a burocracia para pequenos e microempresários. Porém, será que suas vantagens continuam valendo à medida que a empresa ganha maiores proporções?
Além disso, a partir de 2018, o Simples Nacional passará por algumas transformações. Então, se torna ainda mais necessário analisar se ele vale ou não a pena para sua empresa.
No post de hoje, trouxemos informações que o ajudarão nessa decisão fundamental, relacionada ao recolhimento tributário do seu negócio. Confira!
O Simples Nacional e o pequeno e microempresário
Para refrescarmos sua memória, o Simples Nacional surgiu em 2007, como um regime tributário distinto dos demais. Ele foi criado com o objetivo de contemplar pequenas empresas, aquelas com renda bruta anual de até R$ 3,6 milhões, atualmente.
Sua unificação de tributos federais, estaduais e municipais em uma única folha de recolhimento visa diminuir a burocracia para pequenos e microempreendedores. Dessa forma, o regime do Simples Nacional favoreceu milhões de empresários, dos mais variados setores, que tiveram a chance de sair da irregularidade.
Em 2009, surgiu também o MEI (Microempreendedor Individual). Então, aí foi a chance de mais uma leva de empreendedores poderem formalizar seus negócios por meio desse regime tributário.
As situações de desvantagem do Simples Nacional
Apesar de oferecer vantagens, existem algumas situações em que o regime do Simples Nacional pode não compensar para alguns empreendedores. Veja a seguir quais são elas.
Quando as margens de lucro são baixas
As alíquotas do Simples Nacional não consideram a rentabilidade da empresa e incidem sobre seu faturamento. Assim, para empreendedores do ramo de comércio, com lucro inferior a 8{f01c04c06b192aadec230348056c90d4c70716de5ce7a32a04c1bfe0433bcbd4}, e do setor de serviços, que geram lucro abaixo de 12{f01c04c06b192aadec230348056c90d4c70716de5ce7a32a04c1bfe0433bcbd4}, esse regime não é tão vantajoso.
Por outro lado, se optarem pelo regime de lucro real, empresas com essas margens poderão recolher menores taxas tributárias.
Quando o custo com mão de obra for baixo
Para as empresas que optam pelo Simples Nacional, o INSS é calculado sobre seu faturamento. Isso se deve ao fato desse imposto estar encaixado na alíquota única. Já no lucro real ou presumido, o INSS a ser recolhido é calculado de acordo com a folha de pagamento.
Assim, quando a empresa tiver um custo com mão de obra abaixo de 20{f01c04c06b192aadec230348056c90d4c70716de5ce7a32a04c1bfe0433bcbd4} sobre seu faturamento — ou seja, poucos funcionários —, vale mais a pena optar por lucro real ou presumido do que pelo Simples Nacional.
Quando se faz negócios com grandes empresas
Por não destacarem o ICMS e o IPI nas suas notas fiscais, as empresas que operam no Simples Nacional perdem vendas para grandes empresas. Elas acabam deixando de negociar com micro e pequenas empresas, pois ficam impossibilitadas de deduzir impostos já pagos pelos fornecedores. O que é uma enorme desvantagem na indústria e comércio, especialmente.
As mudanças no Simples Nacional para 2018
Em 2018, o Simples Nacional sofrerá mudanças na forma como é calculado. Uma notícia — que pode ser considerada boa em suas mudanças — é que o limite de receita bruta anual para a empresa aderir ao regime será de R$ 4,8 milhões.
No entanto, o novo Simples trará alguns fatores que podem não ser muito vantajosos para alguns empreendedores. O cálculo do valor do imposto passará a levar em conta a alíquota nominal e a alíquota efetiva. Assim, dependerá também dos fatores faturamento bruto acumulado nos 12 meses anteriores e da parcela fixa a deduzir, que varia de acordo com a faixa de faturamento da empresa.
Ou seja, calcular o Simples Nacional será uma conta não muito fácil de se fazer e, dependendo da empresa, poderá reduzir ou aumentar sua carga tributária.
E você, conseguiu decidir se o Simples Nacional é o regime tributário mais favorável para sua empresa? Deixe sua resposta nos comentários!
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