Todo tipo de mercado tem suas próprias características. Alguns são mais concorridos do que outros, há aqueles em que o nível de tecnologia faz mais a diferença e, também, os que têm o foco em promover soluções e produtos de baixo preço.
Independentemente do mercado, é comum se falar no ciclo de vida de uma empresa. Trata-se de uma sequência de eventos que permitem uma categorização, ainda que de forma meio subjetiva, do contexto do empreendimento.
O ciclo começa logo no início do negócio e prevê todas as fases pelas quais ele pode passar. Esse ciclo se encerra com o final da sua vida útil. É preciso explicar que, quando chegamos à fase de fechamento, podemos renovar conseguir retornar a uma etapa anterior.
Introdução
A fase inicial de um negócio é marcada sempre por muito estudo, pesquisa, testes e bastante correria. Nesse momento, tudo o que foi desenhado no plano de negócios é colocado em prática e várias adaptações precisam ser feitas à medida que vão aparecendo coisas que não estavam planejadas.
É muito normal que alguns prazos estourem e que nem tudo consiga ficar pronto a tempo da inauguração da empresa. Logicamente, o ideal é que esses contratempos sejam rapidamente resolvidos e que, logo que possível, tudo esteja no seu devido lugar.
No início, também é muito fácil perceber que os conhecimentos a respeito do mercado e das técnicas de trabalho ainda não estão dominadas. É quando mais são feitos cursos, e a busca de aprendizado é acelerada. Tudo para garantir que o negócio realmente se torne uma empresa com futuro.
Uma coisa que o empreendedor tem que entender é que ele vai precisar ser muito disciplinado e ter a cabeça fria. Isso porque as contas vão pesar, já que a receita que vai ser apurada é normalmente bem pequena e não tem condições de pagar todas as despesas.
Por isso, é bom ter uma reserva que consiga sustentar as portas abertas até que o dinheiro do próprio negócio consiga sustentar a estrutura. O tempo que deve durar essa reserva varia muito de mercado para mercado. Ele pode ser de uns poucos meses até vários anos. Naturalmente, quanto menor a empresa, mais rápido ela vai acabar se pagando.
Crescimento
A fase de crescimento é quando a empresa conseguiu pagar seus investimentos iniciais e começa a dar sinais positivos de que o dinheiro vai começar a entrar de verdade — é nessa hora que o lucro real vai ter chances de aparecer.
O mercado agora já sabe que existe mais um concorrente estabelecido, e os clientes começam a se aproximar. É um momento de buscar fidelizar o máximo possível de consumidores para que o quanto antes a rentabilidade seja positiva e constante.
Pode ser que ainda exista a necessidade de fornecer alguns treinamentos para os funcionários e que, dependendo do ritmo, novos colaboradores sejam contratados. Com cautela e uma visão bem crítica, o gestor vai ter que ir medindo os valores que deverão ser reinvestidos para garantir que a empresa não fique sem fôlego.
Ainda serão feitos testes com produtos ou serviços novos para conferir quais deles são mais aceitos pelos clientes. A velocidade de giro de estoque é importante para ajudar no fluxo de caixa. Assim, como a melhoria da classificação e das negociações com os fornecedores. Tendo um ritmo de compras estável, é possível colher bons benefícios na hora de abastecer a loja.
Maturidade
A maturidade é alcançada quando a empresa já está devidamente estabelecida, já tem o seu público rotineiro, entende bem a dinâmica do mercado e consegue contabilizar boas vendas. Com tudo funcionando direito, o empreendedor realmente ganha dinheiro.
Desafios diários vencidos, agora é preciso pensar em como fazer para melhorar os níveis de lucratividade. Também é preciso saber como eliminar ou diminuir custos desnecessários e conquistar novos clientes.
Quanto mais automatizada for a administração do negócio, melhor. O ideal é ter rotinas bem estabelecidas de trabalho que ajudem a tocar o negócio de maneira fácil e prática. Isso vai garantir tempo e energia para se pensar em novidades.
É muito importante que o empreendedor esteja atento às tendências, movimentações de concorrentes e necessidades dos clientes. Aquela história de que “em time que está ganhando não se mexe” não é tão verdadeira assim. Quem se acomodar com os bons resultados pode acabar sendo surpreendido por viradas bruscas do mercado.
Declínio
O ciclo de vida de uma empresa termina com o seu declínio. É a fase em que ela está velha e não tem mais apelo como antes. Os clientes começam a se afastar, a concorrência parece estar mais acirrada e os resultados vão minguando.
Sem um prazo certo para acontecer, a fase de declínio pode parecer ser bastante repentina. Para quem não acompanha direito as próprias contas, tudo pode surgir quase do nada.
Nenhuma empresa se depara com uma realidade dessas sem antes dar sinais concretos de que a situação está ficando complicada. Se o gestor estiver atento a esses sinais, há como reverter o rumo antes que tudo desande de vez.
Para dar novo fôlego ao negócio, o proprietário e a sua equipe têm que buscar renovar seus produtos e serviços. Oferecer novidades ao mercado e testar outras linhas de trabalho, serão necessários investimentos, criatividade e abertura à mudança.
Sabendo como recriar a empresa, há chances reais de dar início a mais uma fase de crescimento. Se não fosse assim, não teríamos pelo mundo várias empresas centenárias.
O ciclo de vida de uma empresa é um roteiro que tem início e fim previstos, mas para os bons administradores esse fim pode ser redefinido e virar um novo começo. Basta atenção, dedicação e disposição para fazer as mudanças certas.
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