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Cultura startup: você sabe se é possível aplicar na PME?

Cultura startup: você sabe se é possível aplicar na PME?

Cultura startup: você sabe se é possível aplicar na PME?

Depois que empresas como Google, Facebook e Netflix mostraram à comunidade seus códigos de conduta e ambientes de trabalho, companhias de todo o mundo passaram a repensar seus hábitos organizacionais. O que constitui, afinal, uma cultura startup, e porque as empresas que dela usufruem lidam tão bem com a inovação?

Quer entender um pouco mais sobre esse tema, melhorar sua tomada de decisões e implantar novas práticas no ambiente de trabalho da sua PME? Continue a leitura!

O que é a cultura startup?

A cultura de startup é o conjunto de práticas organizacionais adotadas por empresas emergentes que propõem modelos de negócio escaláveis, inovadores e em condições de extrema incerteza. Essas práticas foram difundidas com o sucesso das companhias nascidas no chamado Vale do Silício, tais como o Facebook, a Amazon e o Google.

O que as empresas podem aprender com a cultura startup?

Um dos aspectos mais importantes da cultura de startup é o estímulo ao espírito colaborativo. Isso porque, nesses ambientes, as pessoas estão cientes do valor que têm e de como podem contribuir com o objetivo comum. Por isso, elas se empenham não só nas próprias tarefas, mas também em ajudar umas às outras.

Os valores organizacionais que constituem uma startup permitem, ainda, que as companhias se tornem mais abertas à inovação, já que eles partem da premissa de que erros fazem parte da experimentação.

Como implantar uma cultura startup em uma PME?

Uma startup é, em essência, uma empresa que se guia por um modelo de negócio escalável e assume os riscos de propor novas soluções para o mercado. Portanto, não há receita de bolo quando se trata desse segmento. O que existem são algumas práticas recomendáveis, como mostraremos a seguir.

Invista no aprimoramento de seu time

Em empresas tradicionais, é comum que os funcionários permaneçam estagnados em uma função por muitos anos. Nas startups, o cargo que existe hoje pode não estar lá amanhã. Com modelos escalonáveis e o apoio de investidores, elas incorporam tecnologias e práticas de mercado inovadoras, o que exige que os funcionários estejam sempre aperfeiçoando as próprias habilidades.

Outra característica da cultura startup é o compartilhamento de conhecimento. Afinal, quando você ensina alguém, coloca seus conhecimentos em prática e troca ideias com outros profissionais, reciclando seu repertório. Além disso, você se posiciona como um especialista. Isso impacta diretamente nos resultados da empresa.

Fomente um ambiente de inovação

Uma das premissas das startups é “falhe rápido e repetidamente”. Isso significa não ter medo de arriscar. Afinal, a única forma de não errar é ficar parado. Em um mercado tão competitivo, isso é a única coisa que você não quer, certo?

O problema não está em errar, mas em falhar em um momento errado, várias vezes. Por isso, as startups valorizam tanto o chamado MVP (Minimum Viable Product ou Mínimo Produto Viável), um protótipo de baixo custo que permita levantar acertos e desacertos de projetos, coletando a maior quantidade possível de feedbacks, antes mesmo de produzir e lançar as soluções reais no mercado.

Faça equipes enxutas

Segundo Jeff Bezos, fundador da Amazon, os projetos devem ser executados por equipes enxutas (“um tamanho máximo que possa ser alimentado com duas pizzas”, segundo ele). Isso ajuda a diminuir atritos, melhora a divisão de tarefas e as perspectivas sobre a solução a ser projetada.

Adote uma estrutura horizontal como princípio

Quanto menos hierarquia, maior a velocidade na tomada de decisão e a autonomia dos colaboradores. Para implantar uma hierarquia horizontal em sua companhia, você pode fazer uma revisão das estruturas formadas por gerências, superintendências, entre outros cargos.

No Nubank, por exemplo, os times são organizados em squads (times) de até 50 pessoas, que resolvem todos os problemas internamente. Dessa forma, na análise de crédito, você conta com profissionais de design, de marketing, analistas financeiros, programadores, entre outros, sem que o squad precise pedir ajuda a outros departamentos.

Experimente

As empresas precisam admitir que não detêm tanto controle sobre o mercado como gostariam. O número de variáveis é cada vez maior e, para trazer mudanças realmente disruptivas, é preciso que você seja mais ágil no planejamento e no teste. Somente com protótipos, você consegue recolher dados que tornem a execução do projeto mais confiável.

O especialista em empreendedorismo Steve Blank afirma que “não existem fatos dentro de casa.” Isso porque, com o olhar já direcionado e ciente de toda a concepção do processo, deixamos que algumas falhas passem sem percebermos. Daí a importância de fazer protótipos.

Não confunda erro com negligência

Esse tópico é um complemento do anterior. Afinal, muitos gestores ainda temem errar por medo de serem vistos como desleixados ou negligentes. A questão é que, quando estamos comprometidos com a inovação, é comum que ocorram erros. E em meio a tentativas malsucedidas, surgem, também, ideias muito interessantes.

Por isso, procure manter o seu time comprometido e prepare-o para eventuais erros. É importante, também, que a sua equipe saiba criar um ambiente controlado para as falhas.

Projete um ambiente acolhedor

O ambiente de sua empresa é um fator de peso para a motivação das pessoas. Citações, legos, murais e quadros para escrever, post-its e outros elementos ajudam a tornar os valores de sua empresa mais palpáveis, além de agregar os funcionários em torno dos objetivos de seu negócio.

Além de comunicar a missão de sua empresa no ambiente físico, é importante que você também cuide das ações no ambiente virtual. E-mails de reconhecimento por metas batidas ou em aniversários, por exemplo, aproximam a companhia das pessoas que nela atuam.

Seja transparente

Se você quer manter seus colaboradores motivados, é importante que eles saibam pelo que estão trabalhando, quais são as responsabilidades deles e para onde vão.

Quando os membros da equipe têm conhecimento sobre os objetivos da empresa, eles se tornam mais responsáveis pelas próprias atividades e se dedicam de maneira distinta. Políticas de transparência não devem se restringir, portanto, aos sócios.

Fomente a diversidade e a inclusão

Uma empresa só tem a ganhar ao reunir profissionais com perspectivas e experiências diferentes, bem como faixas etárias, gêneros e origens distintas. A promoção da inclusão nas companhias permite que ela ganhe novos pontos de vista no desenvolvimento de suas atividades e entregue soluções mais robustas e com um discurso mais potente ao mercado.

Questionando hierarquias e enfatizando a importância da transparência, da diversidade e dos erros, a cultura startup torna o ambiente organizacional mais cooperativo e sustentável, o que fomenta o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores e motiva a inovação nas companhias. Com o direcionamento certo, é possível que PMEs implantem esses valores e usufruam dos benefícios.

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