Quando falamos em sustentabilidade, costumamos associar a questões ambientais, o que não está errado, mas sustentabilidade é muito mais do que isso. Ela diz respeito ao longo prazo, ou seja, em pensar na perenidade de qualquer atividade.
Ao usarmos o meio ambiente como exemplo, isso é bem claro: se extrairmos todas as árvores de um determinado tipo para exploração sem fazer nada para repor, aquelas árvores vão acabar e o negócio que vivia de explorá-las também.
Isso vai gerar um efeito cascata: outras formas de vida daquele ecossistema serão afetadas e o próprio equilíbrio ambiental será alterado. Todos os que vivem dele também serão impactados e, por fim, mesmo quem não tinha nenhuma relação direta com aquele ecossistema pode vir a sofrer os efeitos da mudança.
Pelo exemplo acima já dá para ver que atividade econômica e questões ambientais estão muito mais entrelaçadas do que possa parecer à primeira vista.
Assim, quando falamos em sustentabilidade econômica, estamos pensando em garantir a continuidade de um negócio no longo prazo fazendo o melhor uso dos recursos. Isso pode incluir, por exemplo, uma forma de repor os materiais utilizados, maneiras de reciclar ou de aproveitar resíduos ou até meios para evitar desperdícios.
Nesse sentido, a sustentabilidade econômica pode ser alcançada por meio de diversas estratégias para utilizar os recursos existentes da melhor maneira possível, de forma a alcançar um equilíbrio benéfico. Assim, requer que a empresa utilize seus ativos de forma eficiente para garantir a lucratividade no longo prazo.
Por isso, hoje vamos ver 7 dicas para que sua empresa alcance a sustentabilidade econômica. Confira!
1. Conheça os riscos do seu negócio
Todos os negócios têm seus próprios riscos e eles são inerentes à atividade empresarial. Incluem-se aí diferentes tipos: estratégico, operacional, financeiro, de imagem e legal ou regulatório.
Não é possível eliminá-los, mas é preciso mapeá-los. Estabeleça quem ou qual área da empresa será responsável por monitorar cada risco e a periodicidade do monitoramento e, se possível, utilize indicadores para medir os níveis de risco.
2. Defina planos de contingência
Se a empresa for afetada por alguma ocorrência, é preciso ter planos de contingência bem estabelecidos e continuamente testados para que não seja obrigada a suspender suas atividades ou para que possa voltar a operar normalmente o mais rápido possível.
Isso evitará prejuízos maiores à companhia, como grandes perdas de receita, sanções governamentais, problemas jurídicos, notícias negativas na imprensa, perda de funcionários, insatisfação de clientes ou até mesmo o fechamento da empresa.
3. Inclua os aspectos socioambientais nas projeções da sua empresa
Decisões importantes para a companhia devem ser tomadas com base em uma análise de viabilidade econômico-financeira. Estão inclusas aí decisões de investimento de capital (compra e venda de ativos), fusões e aquisições, pesquisa e desenvolvimento, contratação de prestadores de serviços, entre outras.
Essa análise deve levar em consideração, entre outras questões, critérios socioambientais. Ou seja, a empresa deve avaliar os impactos socioambientais em receitas, custos e despesas, ativos e custo de capital. O reaproveitamento de perdas de produção, por exemplo, pode aumentar receitas e reduzir custos.
4. Estabeleça critérios de gestão de desempenho
Se a sua empresa tem um planejamento estratégico (se não tem, comece a fazer!), é preciso que a operação esteja alinhada a ele. Assim, é necessário fazer a gestão do desempenho, ou seja, estabelecer o que é sucesso para cada área e para cada funcionário, de forma que a soma dos resultados leve a atingir as metas traçadas no planejamento estratégico.
É assim que o curto prazo, as ações do dia a dia, vão ao encontro do planejamento de longo prazo, fazendo com que a empresa alcance a sustentabilidade econômica.
5. Fique atento à tecnologia
A tecnologia avança em ritmo super-rápido e altera o mundo empresarial de forma radical. Negócios que eram muito rentáveis há alguns anos simplesmente deixaram de existir porque foram substituídos por soluções mais eficientes.
Por outro lado, trouxe inúmeros ganhos às empresas e oportunidades para melhorar a eficiência e a produtividade. Por isso, não existe negócio “imune” à tecnologia. Leia bastante e mantenha-se informado sobre as novidades que podem impactar o seu negócio. Analise e esteja aberto às novidades. Lembre-se que, em vez de encará-la como risco, pode ser uma oportunidade.
6. Saiba quais são os impactos que a sua empresa causa
A sustentabilidade econômica também passa por entender qual o papel da sua empresa para a sociedade. Quantas pessoas você emprega diretamente? E indiretamente? Que tipo de matéria-prima você utiliza e quais os impactos disso? Quem são seus fornecedores? Você sabe quais são as práticas de que eles se utilizam?
Esses são apenas alguns exemplos de impactos socioambientais que sua empresa pode ter. Se você compra de um fornecedor que adota métodos prejudiciais, por exemplo, corre o risco de associar sua imagem à dele ou mesmo de ser responsabilizado legalmente pelos seus malfeitos, além, claro, de estimular práticas não recomendadas.
7. “Eduque” seus clientes
Esta dica deriva diretamente da anterior. Para alcançar a sustentabilidade econômica, seus clientes devem entender como consumir seus produtos.
Um banco, por exemplo, oferece crédito pessoal. Sabemos que, por um lado, o crédito pode ser usado para melhorar a vida das pessoas, mas, por outro, pode causar grandes dificuldades se a pessoa não souber gerenciar corretamente aquele recurso.
Uma pessoa pode, por exemplo, usar o crédito para fazer uma pós-graduação e dar uma alavancada na carreira. Ou pode pegar o crédito e pagar dívidas. Esta última opção não é necessariamente errada, mas, se o indivíduo não entender por que chegou a se endividar e mudar seus hábitos, vai se endividar novamente e entrar numa espiral da qual será difícil sair.
Por isso, um banco pode educar seus clientes sobre como tomar crédito: em que situações deve pedir um financiamento, o que levar em consideração e como evitar o endividamento excessivo. É bom para o cliente e para o banco, que se previne de um aumento na inadimplência.
Outro exemplo é informar seus clientes sobre o descarte correto dos produtos que você comercializa. Além de ser muito importante para o meio ambiente, pode ser lucrativo para a sua empresa, que ainda tem a oportunidade de ganhar com a reciclagem.
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